Nem todo mundo conhece essa prática, mas o Effectual reasoning aplicado às Auditorias de Sistemas de Gestão é um dos recentes desenvolvimentos na área da gestão. Ele consiste em uma abordagem inversa do “Casual reasoning”. Essa pode ser mais uma das vertentes da dicotomia entre a gestão tradicional e a empreendedora (ou de start-up’s).

Casual Reasoning X Effectual Reasoning

No chamado “casual reasoning” um gestor seleciona, dentre os meios que estão à sua disposição, os mais adequados para atingir um determinado objetivo, que é claramente definido.

Em contrapartida, no “effectual reasoning” se procura chegar ao melhor destino possível, a partir de e se utilizando efetivamente os meios disponíveis.

Aplicações

Se fizermos um paralelo entre evidências (meios) e constatações (objetivos) ou entre constatações (meios) e conclusões (objetivos), ficará claro que a abordagem tradicional da gestão NÃO se aplica às auditorias.

Afinal, o Auditor não pode selecionar as evidências que quiser para chegar a determinadas constatações, nem tampouco selecionar algumas constatações para formular uma dada conclusão.

Isso porque a Auditoria é um processo aberto, basta ver a forma como seus objetivos são definidos. Por isso, os 5 princípios do chamado “effectual reasoning” se aplicam às Auditorias.

Princípios do Effectual reasoning aplicado às Auditorias de Sistemas de Gestão

Vamos aos princípios.

1 – Pássaro na mão

Audite com o que você tem à mão, ou seja, não espere pelo entrevistado perfeito, pela evidência perfeita. Apenas avance!

2 – Perda tolerável

Se você tiver que deixar algo sem ser visto, que seja o menos relevante para a sua auditoria, afinal aplicar o conceito de Auditoria Baseada em Riscos ajuda muito a fazer as boas escolhas.

3 –  Do limão, uma limonada

Aproveite mudanças inesperadas. Permita que o “fluxo” das evidências contribua com sua trilha de Auditoria. A flexibilidade do Auditor contribui fortemente para isso.

4 – Colcha de retalhos

Procure estabelecer e tirar proveito de “parcerias”. Mesmo porque você sempre vai se deparar com auditados que possam contribuir de maneira mais efetiva para o êxito de sua auditoria. Faça bom uso disso!

5 – Piloto no avião

Controle tudo o que é possível controlar! Os quatro princípios anteriores, de certa forma, estão ligados à imprevisibilidade, ao ambiente VUCA (Volatilidade (volatility), Incerteza (uncertainty), Complexidade (complexity) e Ambiguidade (ambiguity)). Ainda assim, naturalmente, existe uma série de fatores em uma Auditoria que você pode – de fato – controlar. Então faça isso!

Descubra o seu jeito de auditar

É claro que a auditoria é um processo formal, regido por Normas (eventualmente até leis) e critérios próprios, entretanto, é possível criar um jeito próprio de auditar. Há como ser um auditor sério e ético criando uma maneira própria de fazer as coisas.

Os princípios do Effectual reasoning mostram isso, que há formas de fazer melhor o trabalho de auditor aproveitando aspectos do contextos em que estamos inseridos. Seu papel, enquanto auditor, é aliar tudo isso a uma auditoria que preencha os requisitos necessários e promova melhoria para a organização auditada, que pode ser sua empresa, um fornecedor ou mesmo um cliente de auditoria de terceira parte.

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